A renascença trouxe para a pintura elementos que buscavam um efeito realístico, utilizando os recursos técnicos disponíveis para que a representação estivesse o mais “real” possível. Mas a verdadeira pergunta é: A fotografia herdou essa necessidade de transpor a realidade em três dimensões e munida de movimento para um quadro estático em das dimensões?
Alem de fotografia dilata a visão natural e desenvolve outro tipo de visão: a visão fotográfica, munida de um simbolismo próprio e uma estética peculiar. Ela não necessariamente é realista, pode muita das vezes ser surrealista retratando de maneira fiel a realidade, mas dando uma interpretação totalmente distinta. Existe muita subjetividade na fotografia, ela pode mentir ou distorcer a verdade de maneira proposital para fornecer um prazer estético que o simples retrato da realidade não proporcionaria.
Para essa transmutação consciente do “real” para algo “belo”, no sentido artístico da palavra, é necessário um olhar apurado alem de um conhecimento técnico e equipamentos capazes de suprir essa necessidade. A utilização das diferentes “linguagens fotográficas” ajuda o fotografo nessa difícil missão. Utilizando os elementos descritos nos artigos de nossas Colaboradoras Viviane Moraes, Simone Dreves e Clarissa com certeza tornar-se-á mais fácil. A pesquisa e conhecimento do trabalho de fotógrafos de referencia, entre eles Henri Cartier-Bresson, Sebastião Salgado, Boris Kossoy e Richard Avedon, a observação de obras artísticas como a pintura, escultura e até mesmo a arquitetura, junto com a pratica e o experimentalismo podem ajudar desenvolver uma linguagem única.