quarta-feira, 25 de abril de 2012

Trabalhando a Linguagem Fotográfica

Linguagem fotográfica, está relacionada a um olhar mais artístico em relação à imagem produzida. Esse efeito de linguagem pode ser obtido com elementos como sombra, textura, linha, grafismo e cor, além de recursos técnicos aplicados à criação artística, como foco, velocidade e corte. Vejamos a seguir algumas sugestões:


Sombra: Este elemento é sem dúvidas um magnífico aliado para a criatividade. A incidência de luz "dura" favorece a presença de sombras, criando a dramaticidade característica deste tipo de elemento de linguagem. A sombra é, sem dúvida, um elemento importantíssimo para dar ao trabalho um aspecto psicológico mais ou menos "carregado" ou com maior ou menor "força" dramática. 


Grafismo: Linhas, sombras, curvas, cor... Estes elementos, em conjunto ou isoladamente, criam um efeito por vezes abstrato e plástico que despertam a atenção do olhar. Muitas vezes não se identifica de imediato o que se vê, criando-se uma situação misteriosa e forte. Há inúmeras possibilidades de criação usando-se a linguagem do grafismo.O grafismo pode ser buscado numa pequena textura e até mesmo na "poluição" visual urbana. O importante é usar a criatividade.


Cor: A cor funciona muito com um bom contraste entre o fundo e o elemento principal. É muito interessante criar uma imagem com poucos elementos, limpa e sem poluição visual, para que assim, a imagem esteja em equilíbrio. O fotógrafo deve "sentir" a cor no momento do enquadramento, perceber o contraste e saber combinar cores frias e quantes.


Textura: Há uma infinidade de interessantes tipos de texturas que, com um bom contraste, podem criar uma temática de grande plasticidade. É importante valorizar todos os detalhes, sabendo se posicionar em relação ao elemento a ser fotografado. A qualidade da luz é importantíssima para fotografar textura, pois é ela que vai dar relevância e nitidez. Lembrando que na textura é importante trabalhar os detalhes.


Linha: A linha é um referencial importante para trabalhar o espaço e conferir equilíbrio a uma foto. A linha pode ser usada para dividir ou "cortar" uma imagem. Uma janela, uma porta, a linha do horizonte, o tronco de uma árvore... Linhas verticais ou linhas horizontais surgem como opções para várias situações. Em geral, a divisão com linhas verticais indica ação, ritmo, a intenção próximo-distante. Já o uso das linhas horizontais denotam repouso, tranqüilidade, frieza, a divisão céu-terra. E as diagonais insinuam dinamismo, tensão. 


Corte: Uma boa definição de corte numa foto seria dizer que é a opção de enquadramento para criar imagens fora dos padrões consagrados. O corte, hoje, é uma tendência mundial. Muito usado em fotografias de moda, em retratos mais ousados, é fundamental para fugir do lugar-comum e, às vezes, para criar uma perspectiva dramática ou dar maior força a uma imagem. O corte está intimamente ligado ao que foi colocado em relação à linha: um corte vertical cria uma intenção ou sugestão de agressividade e "calor"; um corte horizontal insinua uma tendência de tranqüilidade e paz.


Foco: Manejar corretamente o foco é essencial para destacar um assunto e isolá-lo de um fundo confuso, com elementos indesejáveis ou por exemplo em uma paisagem onde o interessante é deixar a profundidade de campo bem longa, onde tudo estará em foco.


Movimento congelado: Em situações em que para evitar fotos "tremidas" usa-se a fórmula que, em linguagem fotográfica, é chamada de efeito de "congelar". Para conseguir isso, utiliza-se velocidades altas.


Movimento evidente: No movimento o que importa é o efeito artístico, agradável ao olhar.Do ponto de vista de dificuldades técnicas, talvez seja o mais difícil de conseguir. Usa-se velocidades baixas, variável de acordo com a velocidade do objeto a ser fotografado. 






Referência: Professor Valdir Peyceré