O grande poeta das imagens, o artista inato, o descomplicado e genial fotógrafo: essas são algumas das carinhosas definições deste que, sem questionar muito, foi um dos mestres da fotografia do século XX.
"A fotografia por si só não me interessa, mas a reportagem sim, a comunicação entre o mundo e o homem com este instrumento maravilhoso do tamanho da mão que nos faz passar desapercebidos. E assim participamos. É uma dança entende? É uma grande alegria fotografar assim." (Henri Cartier-Bresson)
Bresson desprezava fotografias montadas e cenários artificiais, justificando seu desprezo alegando que os fotógrafos deveriam registrar sua imagem de uma forma rápida e bem feita. Apesar da fama, sempre detestou ser reconhecido. Gostava de ficar por trás da câmera, se escondia quando queriam fotografá-lo. Costumava comentar uma frase de Degas, “É ótimo ser famoso com a condição de ser desconhecido.”
A fotografia transformou sua vida, e as suas fotografias transformaram e transformam a vida de gerações e gerações de fotógrafos.
Fotografias:
“Para mim a câmera é um caderno de rascunhos, um instrumento de intuição e espontaneidade, o mestre do instante onde, em termos visuais, questiona e decide ao mesmo tempo. Para poder dar um significado ao mundo, é preciso se sentir envolvido com o que é visto através da câmera. Essa atitude requer concentração, disciplina, sensibilidade e senso de geometria. É pela economia dos meios que chegamos à simplicidade da expressão. Tirar uma fotografia significa reconhecer - simultaneamente e em uma fração de segundos - o fato em si e os elementos visuais que formam seu significado. Fotografar é colocar na mesma linha de mira a cabeça, o olho e o coração". (Henri Cartier-Bresson)