sexta-feira, 13 de abril de 2012

Referência: Henri Cartier-Bresson

  O grande poeta das imagens, o artista inato, o descomplicado e genial fotógrafo: essas são algumas das carinhosas definições deste que, sem questionar muito, foi um dos mestres da fotografia do século XX.


   "A fotografia por si só não me interessa, mas a reportagem sim, a comunicação entre o mundo e o homem com este instrumento maravilhoso do tamanho da mão que nos faz passar desapercebidos. E assim participamos. É uma dança entende? É uma grande alegria fotografar assim." (Henri Cartier-Bresson)



    Bresson, considerado por muitos o pai do fotojornalismo. Nascido em 1908, na França. Filho de família urbana. Na juventude teve aulas de desenho com importantes pintores da época. Ele queria ser pintor. O que na verdade se tornou sua segunda paixão. Bresson comparou a fotografia com o desenho. Para ele desenhar era meditar. E a fotografia era como um tiro. No desenho pode-se apagar e fazer outro, não se luta contra o tempo. Na Fotografia, existe o "momento decisivo", o lugar certo na hora certa.

   Bresson desprezava fotografias montadas e cenários artificiais, justificando seu desprezo alegando que os fotógrafos deveriam registrar sua imagem de uma forma rápida e bem feita.  Apesar da fama, sempre detestou ser reconhecido. Gostava de ficar por trás da câmera, se escondia quando queriam fotografá-lo. Costumava comentar uma frase de Degas, “É ótimo ser famoso com a condição de ser desconhecido.”

   A fotografia transformou sua vida, e as suas fotografias transformaram e transformam a vida de gerações e gerações de fotógrafos.


Fotografias:














    “Para mim a câmera é um caderno de rascunhos, um instrumento de intuição e espontaneidade, o mestre do instante onde, em termos visuais, questiona e decide ao mesmo tempo. Para poder dar um significado ao mundo, é preciso se sentir envolvido com o que é visto através da câmera. Essa atitude requer concentração, disciplina, sensibilidade e senso de geometria. É pela economia dos meios que chegamos à simplicidade da expressão. Tirar uma fotografia significa reconhecer - simultaneamente e em uma fração de segundos - o fato em si e os elementos visuais que formam seu significado. Fotografar é colocar na mesma linha de mira a cabeça, o olho e o coração". (Henri Cartier-Bresson)