Para realizar uma boa cobertura de esportes radicais é necessário, antes de tudo, gostar de esportes radicais. As fotografias podem ser feitas comercialmente para diversas finalidades entre elas para cobertura jornalística, para fins de marketing, tanto das empresas de equipamentos quanto dos próprios atletas. E é bastante comum, também, as coberturas voltadas a atrair os amantes dos esportes ao lugar, alem é claro do prazer que isso proporciona ao amante de fotografia e do esporte em questão.
Com tanta variedade de propósitos é necessário um conhecimento técnico fotográfico gigantesco, um conhecimento sobre o esporte, alem de equipamentos de ponta e um apego a esses equipamentos bem menor que a média. Isso porque não é incomum o fotografo de esportes de aventura deparar-se com situações em que a segurança e durabilidade do equipamento sejam comprometidas. Por exemplo, ao fotografar uma prova de rali um excesso de zelo poderia levar o fotografo não posicionar a câmera perto do local de passagem dos carros (imagina uma pedra voando na sua 400mm f/2.8) e isso poderia comprometer a cobertura. Ao fotografar escaladas técnicas o fotografo, na maioria das vezes, escala com os demais atletas. Nessa situação uma queda poderia arruinar toda uma vida de aquisições.
Quanto à técnica a coisa complica ainda mais. Se você pensar que na maioria das vezes quem consome fotografia de esportes de aventura são justamente pessoas que entendem de esportes de aventura fica muito complicado você simular situações vendáveis. Pensamos mais uma vez no exemplo de fotos de produtos de escalada: não é viável fazer propagandas com uma foto de um atleta em uma posição que não remeta a uma um grande apuro técnico no esporte e ninguém consegue simular um movimento desse. Resta ao atleta/modelo fazer o movimento e o fotografo fazer o registro preciso durante as frações segundo que dura o movimento. Alem disso ele precisa estar posicionado adequadamente para remeter a algo realmente técnico. Observe:
Nessa foto do austríaco Rainer Eder,fotografo responsável pelos catalogo de marcas de renome no mundo da escalada, entre elas Mammut, SAC e Bergschule alem de diversas publicações sobre o assunto, é possível sentir toda a tensão do movimento, é possível perceber que o atleta se segura em praticamente nada, o que requer muita técnica, alem de mostrar a altura em que o atleta se encontra. E somente bem posicionado e com o click no momento certo é possível.